Um novo álbum de Tintim!

Moulinsart aprova novo álbum de Tintim

Notícia completa: http://www.tintimportintim.com/2013/10/moulinsart-aprova-novo-album-de-tintim.html

Isso mesmo, mas vamos ter que esperar "um pouco" até ver a obra nas livrarias...

Em entrevista aos periódicos franceses Le Soir e Le Monde, o diretor da Moulinsart S.A., Nick Rodwell, anunciou que um novo álbum de Tintim seria altamente provável um dia. Mas não se empolgue, porque o lançamento só deverá ocorrer em 2052. Como assim? - deve estar se perguntando. Acontece que a obra de Hergé cai em domínio público no ano de 2053, 70 anos após a morte do artista.

"Hergé não queria que outras histórias fossem criadas depois dele, mas vamos ter uma nova, um ano antes de a obra cair em domínio público, para proteger os direitos", disse Rodwell, atual marido da viúva de Hergé. Ele explicou que uma data tão distante prolonga os direitos pela obra, e impede que Tintim seja usado "de qualquer maneira" no domínio público.

Segundo o site La Libre, enquanto Rodwel pensa em um novo álbum em quadrinhos, Benoît Mouchart, diretor editorial da Casterman, considera a possível "imaginar um romance". Mouchart também aprecia a ideia de spin-offs, séries derivadas sobre personagens como o Capitão Haddock ou 'Joana, João e o macaco Simão' (Jo, Zette e Jocko), uma possibilidade recebida sem muita empolgação por Rodwell, mais favorável a "um filme ou um desenho animado".

Eu, particularmente, gostei da ideia de um spin-off com o Capitão Haddock. Imagina se contam sua origem, como ele conheceu seu amigo Chester, Allan Thompson, sua relação com sua mãe...  

Falando mais a sério, acho que este pode ser um indício de que logo, logo a Moulinsart vai acabar aprovando um álbum de Tintim, e isso antes de 2052. Imagina, até lá Nick Rodwell tem 100 anos!  

Eu vejo com pessimismo. Principalmente pelo fato de que o Hergé disse que não queria que outros criassem novas histórias do personagem depois dele. Então para que fazer isso? Claro, para empresários preservarem os direitos autorais e continuarem ganhando dinheiro. Eu já não gostei do longa-metragem, em que me mexeram demais até no caráter de alguns personagens. Fico imaginando o nível de uma história totalmente nova.

Também fiquei desanimado meses atrás quando li que os detentores dos direitos autorais da obra da Agatha Christie querem lançar um novo romance sobre o detetive Hercule Poirot. Detalhe: a própria Agatha se encarregou de criar um final para o personagem, manifestando o desejo de que não mexessem na sua obra. Mas enfim, fazer o quê? O dinheiro é que manda e não respeita nem os autores falecidos que pediram para não alterarem sua obra e não tem nem mais como se posicionar sobre qualquer coisa.

Rodolfo Albiero escreveu:Eu vejo com pessimismo. Principalmente pelo fato de que o Hergé disse que não queria que outros criassem novas histórias do personagem depois dele. Então para que fazer isso? Claro, para empresários preservarem os direitos autorais e continuarem ganhando dinheiro. Eu já não gostei do longa-metragem, em que me mexeram demais até no caráter de alguns personagens. Fico imaginando o nível de uma história totalmente nova.

Também fiquei desanimado meses atrás quando li que os detentores dos direitos autorais da obra da Agatha Christie querem lançar um novo romance sobre o detetive Hercule Poirot. Detalhe: a própria Agatha se encarregou de criar um final para o personagem, manifestando o desejo de que não mexessem na sua obra. Mas enfim, fazer o quê? O dinheiro é que manda e não respeita nem os autores falecidos que pediram para não alterarem sua obra e não tem nem mais como se posicionar sobre qualquer coisa.

Concordo plenamente. Quanto ao Rodwel, parece que gosta de desanimar os fãs das os fãs do Tintin...  

Concordo em parte com vocês. O lado pior dessa história é saber que a intenção da Moulinsart é unicamente financeira. Publicar um álbum inédito só para prolongar por mais 70 anos os direitos pela obra (se é que a legislação permite isso. Não tenho conhecimento sobre o assunto, se alguém tiver, nos esclareça, por favor). E depois???

Outra coisa: se até hoje eles não publicaram nenhum inédito para não desrespeitar o desejo de Hergé, porque se acham no direito de fazer isso daqui a 40 anos?

Rodolfo Albiero escreveu:Também fiquei desanimado meses atrás quando li que os detentores dos direitos autorais da obra da Agatha Christie querem lançar um novo romance sobre o detetive Hercule Poirot. Detalhe: a própria Agatha se encarregou de criar um final para o personagem, manifestando o desejo de que não mexessem na sua obra. Mas enfim, fazer o quê? O dinheiro é que manda e não respeita nem os autores falecidos que pediram para não alterarem sua obra e não tem nem mais como se posicionar sobre qualquer coisa.

Concordo que se deve respeitar o desejo do autor, mas eu pergunto se vocês já leram o livro "A Casa da Seda", primeiro romance de Sherlock Holmes escrito por outro autor (que coincidentemente vem a ser roteirista do segundo filme de Tintim) com o aval dos herdeiros de Conan Doyle. É uma obra-prima! Os fãs do autor sabem que não é uma obra original, mas tenho certeza que ficaram satisfeitíssmos com o trabalho de Anthony Horowitz. Da mesma forma, acho que uma nova aventura não necessariamente seria ruim, ou inferior aos trabalhos de Hergé.

Mas na minha singela opinião, deveriam mesmo é seguir o modelo da coleção MSP Graphic, em que outros artistas desenham HQs da Turma da Mônica com um estilo totalmente diferente - deixando claro que se trada de uma homenagem, e não uma tentativa de parecer oficial...

P.S.: Rodolfo, ainda quero ler sua crítica completa sobre o filme. 

Sobre o filme, achei até que havia escrito uma crítica para blog. Mas acho então que apenas devo ter comentado no blog na postagem de outros, pelo jeito. O filme eu achei ruim demais mesmo. O que fizeram com o Sakarina foi ridículo, sumiram com os irmãos Pardais, transformaram o Haddock num completo imbecil, entre outras coisas. As a dublagem foi um espetáculo negativo à parte. Tem que ser muito retardado para não escalar o Isaac Bardavid e deixado os Dupons com aquelas vozes lamentáveis. O Márcio Simões é praticamente onipresente em todas as dublagens do Rio, mas conseguiram a proeza de não escalá-lo para o Dupond. Quando vi o filme legendado no HBO Family eu gostei bem mais, mas a ponto de deixar de achar o filme um total desperdício de investimento por parte dos produtores.


Ah, só citando um pouco mais a Agatha Christie. Acho difícil desrespeitarem mais a autora do que o que fizeram com aquela série estrelada pelo ator David Suchett. O ator é brilhante, reconheço, apesar de que nunca imaginei o Poirot como ele. Acho a atuação caricata demais e sisuda demais, pois o Poirot dos livros é muito diferente do que ele fez. Mas o desrespeito maior não foi a caracterização do personagem, mas o fato de terem mudado quase que completamente o trabalho dela em algumas histórias, suprimindo personagens importantíssimos, mudando o caráter de alguns, incluindo temas de preferência sexual que jamais existiram na obra dela e até mudando o assassino de alguns crimes. Um absurdo!

Rodolfo Albiero escreveu:Sobre o filme, achei até que havia escrito uma crítica para blog. Mas acho então que apenas devo ter comentado no blog na postagem de outros, pelo jeito. O filme eu achei ruim demais mesmo. O que fizeram com o Sakarina foi ridículo, sumiram com os irmãos Pardais, transformaram o Haddock num completo imbecil, entre outras coisas. As a dublagem foi um espetáculo negativo à parte. Tem que ser muito retardado para não escalar o Isaac Bardavid e deixado os Dupons com aquelas vozes lamentáveis. O Márcio Simões é praticamente onipresente em todas as dublagens do Rio, mas conseguiram a proeza de não escalá-lo para o Dupond. Quando vi o filme legendado no HBO Family eu gostei bem mais, mas a ponto de deixar de achar o filme um total desperdício de investimento por parte dos produtores.


Ah, só citando um pouco mais a Agatha Christie. Acho difícil desrespeitarem mais a autora do que o que fizeram com aquela série estrelada pelo ator David Suchett. O ator é brilhante, reconheço, apesar de que nunca imaginei o Poirot como ele. Acho a atuação caricata demais e sisuda demais, pois o Poirot dos livros é muito diferente do que ele fez. Mas o desrespeito maior não foi a caracterização do personagem, mas o fato de terem mudado quase que completamente o trabalho dela em algumas histórias, suprimindo personagens importantíssimos, mudando o caráter de alguns, incluindo temas de preferência sexual que jamais existiram na obra dela e até mudando o assassino de alguns crimes. Um absurdo!

Sobre o filme, acho que poderia ter sido muito melhor, mas gostei do resultado. Concordo que os produtores ousaram um pouco demais na adaptação, mas entendi como uma homenagem, a intenção foi boa.

Quanto à série de Agatha Christie, nunca tive a oportunidade de assistir, então nem comento. Mas volto a sugerir a leitura de "A Casa da Seda", livro inédito de Sherlock Holmes.

Olha, eu apoiaria um spin-off de Tintim mas que não entrasse para a coleção original dos 24 livros. Tipo do Haddock como conheceu Chester, Allan e essa galera aí que o Britto falou. Mas o que eu gostaria mesmo de ver é a vida de Tintim antes dele ir pra Rússia e saber como ele se tornou repórter, sua passagem como escoteiro e relações com os pais. Pena que aquele álbum do Rodier não foi autorizado.